Quarto lugar é o minímo para Jesus...

Jorge Jesus é, nesta altura, um dos treinadores portugueses mais conceituados e a contratação dos seus serviços por parte do Braga só vem reforçar o estatuto conquistado pelo técnico. O clube quer regressar a um passado recente de êxitos, quando andou a discutir os lugares de pódio com os três grandes, nomeadamente no consulado de Jesualdo Ferreira, acabando por perder nesta luta e nunca passar do quarto posto. Para voltar a esses anos dourados, a opção dos dirigentes bracarenses recaiu no ambicioso ex-técnico do Belenenses.

Jorge Jesus iniciou a carreira no Benfica de Castelo Branco, onde na época 1988/89 assumiu as funções de jogador/treinador, seguindo-se o Amora, que conduziu da III Divisão à II Liga, conseguindo depois as promoções de Felgueiras, Setúbal e Estrela da Amadora à I Liga. É, pois, um percurso ascendente o de Jorge Jesus, mas conquistado a pulso. Na época 2006/07 o técnico, então ao serviço do Belenenses, discutiu quarto lugar com o Braga e só mesmo no último jogo os arsenalistas conseguiram garantir a posição com a vantagem de um ponto (50-49). O quinto lugar de há duas épocas é, pois, a melhor classificação conseguida pelo treinador. Mas se para os lados de Belém este desiderato pode ser traduzido numa boa época, no Minho será por certo considerado insuficiente. A ambição dos responsáveis arsenalistas aponta para a conquista de um lugar na Taça UEFA, deixando a Liga dos Campeões fora das cogitações, pelo menos esta época, já que o terceiro lugar já não dará direito à eliminatória de acesso.

A reformulação e investimento no edifício do futebol arsenalista, assim como no marketing, revela uma enorme determinação e ambição na (re)afirmação do clube a nível nacional. E não só... Nas épocas 2004/05, 05/06 e 06/07 o Braga assumiu-se como o quarto clube português e o objectivo é reconquistar esse prestígio perdido.