segunda-feira, julho 16, 2007

Central pode vir da nossa "cantera"

A última novidade do léxico arsenalista chama-se Vítor Hugo. Para quem gosta de literatura, há o Vítor Hugo autor de uma série de obras épicas, como “Os Miseráveis”, entre outros; para quem é amante do Braga e de futebol, convém fixar que doravante a equipa possui um tal de Vítor Hugo promissor, que já deu cartas recentemente e que tem tudo para se tornar numa certeza, tendo sido a grande surpresa do grupo que viajou ontem para a Alemanha. Autor do golo que resultou na primeira vitória do Braga em jogos da pré-época, frente ao Varzim, o ex-júnior aguardava colocação noutro clube, mas o seu futuro poderá ter mudado radicalmente e logo na direcção da equipa profissional, pois Jorge Costa apenas dispõe de três opções para o eixo da defesa: Paulo Jorge, Anílton Júnior e Rodriguez, estando o terceiro cada vez mais próximo de se transferir para outro emblema.

Finalmente convencido de que não existem impossíveis, Vítor Hugo esfrega as mãos de contentamento e aproveitará a oportunidade para assegurar uma vaga. “Foi uma surpresa agradável, sem dúvida. Se foi por causa do meu golo? Bom, talvez tenha ajudado, foi uma mais-valia, mas agora terei de dar o máximo nos próximos dias”, observou, assumindo, sem rodeios, que exultou de alegria quando lhe comunicaram que estava convocado para o estágio em Weissenburg, precisamente no dia (sexta-feira) em que subiu ao segundo andar para apontar um golaço vistoso na Póvoa de Varzim. Definindo-se como um central que “gosta de sair a jogar”, o jovem craque revelou ser um admirador de Ricardo Carvalho e, obviamente, também sonha seguir-lhe as pisadas… quem sabe até ao Chelsea. “Sempre foi a minha referência. Também me recordo muito dos jogos do Jorge Costa, do actual treinador do Braga, mas julgo que tenho algumas parecenças com o Ricardo”, considerou.

Com apenas 1,83 cm, Vítor Hugo confessa que o seu forte nunca foi o jogo aéreo, mas também não é homem de se encolher em cantos ou livres. “Realmente não é muito habitual marcar golos de cabeça, mas tentei e acabou por sair bem”, recordou, confirmando que é um privilégio trabalhar “ao lado de grandes” jogadores. “Sinto-me a viver um sonho. Têm-me acolhido muito bem; todos são espectaculares”, testemunhou.

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