Raras são estas noites na Europa do futebol actual. Num período em que o equilíbrio de forças se faz sentir um pouco por toda a parte, o Sp. Braga impôs uma superioridade absoluta no jogo e goleou o débil Artmedia por 4-0. Meyong, em noite de encanto, marcou três. Inapelável!
Desde o prelúdio do duelo se percebeu que as bolinhas do sorteio haviam bafejado de sorte os minhotos. Jorge Jesus dissera na véspera não considerar o Sp. Braga mais forte do que os eslovacos, mas só pode ter sido por mero bluff. De facto, este Artmedia, penúltimo classificado da liga eslovaca, é uma equipa limitadíssima em todos os sectores e bem pior do que aquele que venceu em 2005 o F.C. Porto no Dragão.
Mas com os males dos outros o Sp. Braga pode bem. Os minhotos foram sérios do princípio ao fim, não facilitaram minimamente, não caíram na tentação do individualismo e alcançaram uma vitória tão justa quanto natural. Um triunfo que lhe escancara a porta de acesso à fase de grupos da Taça UEFA.
Meyong impõe os ditames do golo
Ainda muitos dos espectadores comentavam as alterações efectuadas por Jorge Jesus e já Evaldo inaugurava o marcador. Mérito total do brasileiro e de Meyong, com quem tabelou rumo ao golo. O Artmedia percebeu não ter andamento para este Sp. Braga, recolheu-se aos seus aposentos da retaguarda, mas mesmo assim consentiu mais dois golos até ao intervalo. Ambos apontados por Meyong.
O primeiro após passe soberbo de Alan ¿ concluído com um «chapéu perfeito -, o segundo na transformação de uma grande penalidade. E outros mais ficaram por marcar. Renteria (estreia como titular) que o diga, quando sozinho cabeceou ao lado aos 41 minutos.
E depois de muito porfiar, o Sp. Braga lá chegou ao quarto golo, já no último quarto-de-hora. Outra vez Meyong, agora num subtil desvio de cabeça após canto de César Peixoto.
Opções de luxo ao serviço de Jesus
Basta olhar para a ficha de jogo desta noite e confirmar. O Sp. Braga tem um plantel de muita qualidade e Jorge Jesus pode fazer com tranquilidade e confiança a rotatividade de alguns elementos.
No banco estavam Frechaut, Jorginho, Luís Aguiar, Matheus, Linz e Paulo César, tudo homens que já passaram pela formação titular. Frente ao Artmedia jogaram outros e o conjunto não perdeu dinamismo nem cumplicidade.
Obviamente, sublinhamo-lo de novo, este Artmedia não apresenta um grau de dificuldade comparável com aquilo que o Sp. Braga vai encontrar no próximo patamar da Taça UEFA (isto contando não haver qualquer desgraça na Eslováquia) . Mas esta exibição e resultado não deixam de ser motivadores e dignos dos mais rasgados elogios.
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