Contado, ninguém acreditará; quem assistiu a tudo no Estádio do Rasunda ou pela televisão terá ficado certamente perplexo com a infelicidade tamanha que atacou o Braga neste regresso à Taça UEFA e, ao mesmo tempo, impressionado com a eficácia do ponta-de-lança do Hammarby. É verdade que a Suécia já se tornou há algum tempo num país exportador de “matadores”, mas Petter Andersson foi uma raridade em matéria de aproveitar lances inofensivos. Por duas vezes, os minhotos acertaram nos postes, através de Frechaut e Linz, mas foi o avançado local a mexer primeiro no marcador, já no segundo tempo, num lance admirável, ao arrastar consigo três defesas e concluir com um disparo cruzado fenomenal. Começou logo ali a derrota do Braga.
Mesmo siderada com a inesperada vantagem do Hammarby, que chegou a fazer lembrar a selecção nacional de râguebi a jogar contra a Nova Zelândia, pois sempre que conseguia aproximar-se da área contrária (sem a invadir) o público vibrava como vibraram os portugueses ao ver "Os Lobos" no Mundial, a equipa arsenalista conseguiu dar sequência ao domínio inicial. Refrescado com seis novidades e um ataque totalmente novo, incluindo o brasileiro Lenny (uma estreia), o Braga parecia respirar saúde e, na verdade, chegava e sobrava para os visitados, pelo que foi com naturalidade que chegou à igualdade, respondendo na mesma moeda, com um ponta-de-lança (Linz).
Conseguido o mais difícil, o passo seguinte seria tirar partido da inexperiência internacional do Hammarby, apertar-lhe um pouco mais o pescoço, mas Petter Andersson, desta vez na cobrança de um livre, estragou totalmente os planos de Jorge Costa, como se estivesse escrito nas estrelas que a Academia de Estocolmo iria presentear o Braga com um Nobel do azar.
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