Mesmo com os subsídios e pensões que o Estado atribui, o esforço do Governo para reduzir a pobreza em Portugal é insuficiente. Esta é a conclusão do relatório de inclusão social ontem apresentado em Bruxelas aos ministros do trabalho da comunidade, entre eles José Vieira da Silva.O documento aponta Portugal como o terceiro pior exemplo deste flagelo na UE (atrás da Lituânia e Polónia), com 20 por cento da população a viver abaixo do limiar da pobreza em 2004, contra uma média europeia de 16%. “Ainda que as medidas e as metas [incluídas no programa de reformas português] indiciem desenvolvimentos muito positivos, não são suficientes para reduzir de forma significativa a pobreza”, lê-se no relatório que salienta que, apesar dos apoios governamentais, “é sabido que têm um impacto ínfimo na redução da pobreza”.Abandono escolarNa transição das crianças para a idade adulta, parece haver outro problema onde o nosso país se destaca pelas piores razões: o abandono escolar. O Governo quer reduzir o abandono precoce para 25%, baixar o insucesso escolar para metade até ao fim da legislatura e qualificar um milhão de adultos até 2010. Bruxelas elogia mas sublinha que a acção não é suficiente. “As medidas parecem adequadas para actuar sobre o nível de qualificações baixo da população, mas não se concentram nos grupos mais atingidos pela exclusão”, conclui o relatório.
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