Há dois dias foi tema de notícias, no Peru, que o colocavam na mira do FC Porto, mas Rodriguez continua sem receber contactos do "Dragão", assim como a SAD ou os empresários que gerem a sua carreira. Indiscutível na equipa do Braga, o defesa peruano tem contrato até 2010 e, mais do que isso, uma cláusula de rescisão que se apresenta quase que... proibitiva para os cofres dos principais clubes nacionais. A SAD não aceita negociar por menos de seis milhões de euros, o mesmo valor pedido ao Newcastle, na pré-temporada, para que a transacção se efectuasse. Mas se na pré-temporada a SAD tinha pouca vontade para o negociar, no final da época as coisas prometem ser diferentes, já que existe uma concentração de vontades que aponta para a venda do jogador nesse período, numa altura em que terá ainda mais dois anos de contrato. E é esse cenário que contribui, e muito, para a serenidade que o jogador manifesta no dia-a-dia.
Os seus desempenhos na Taça UEFA marcaram pontos na Europa do futebol e já há clubes a preparar-se para abordar a SAD no sentido de conseguir as melhores condições, embora nenhum deles seja português. Aliás, logo que chegou a Portugal e começou a jogar, Rodriguez despertou a atenção dos "grandes", logo arrefecida pela cláusula de seis milhões colocada como indispensável para haver negócio. Claro que há contrapartidas - como jogadores - que podem interessar ao Braga, mas essa busca já está a ser feita, pelo que é dinheiro vivo que a SAD quer pelo jogador.
"El Mudo" joga limpinho
Rodriguez, ou "el Mudo", como passou a ser conhecido no Sporting de Cristal, não é um defesa-central qualquer, compensando o facto de não ser muito alto (1,82 m) com um posicionamento em campo e uma capacidade de impulsão que o levam a ganhar a maioria dos lances aéreos, um deles valeu-lhe um golo. Na marcação é muito eficaz e nem sequer precisa de argumentos mais rudes para se impor no duelo com os adversários. A prová-lo está o facto de ter apenas visto um amarelo em 15 jogos na Bwin Liga.